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Bom...e-eu não sei por onde começar, eu acho que eu deveria começar com... uma citação famosa...*sigh* mas eu acho que isso seria muito cliché, se você sabe do que eu estou falando...e se não sabe, bom, mal pra você. Agora, por onde eu começo?
Era um mundo que estava numa situação nada boa. Nós estávamos vivendo em situações horrorosas, os países estavam constantemente em guerras, um ameaçando ao outro, e quando menos se esperava, eles apareceram e levaram tudo que nós tínhamos, crianças, comida, aparelhos...vida. E como se não fosse de esperado, nós também entramos em guerra com eles.
Não existia mais crimes de guerra, ou piedade. Todo santo dia tu não podia acordar e ir pra cozinha falar com mãe e pai e ir comer algo, Não, tu tinha que prever o que ia acontecer, viver abaixado, toma cuidado e se esconder da bala perdida que depois de meia hora ia aparecer dois centímetros do lado da tua orelha. E essa era a coisa que me deixava com raiva, e está me deixando com raiva agora.
Ugh, perdi a linha do raciocínio, mas pois bem, retornamos pra isso outra hora, vocês não querem saber da lore desconhecida, vocês querem saber do que aconteceu algum tempo atrás, então...
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Foi há dez anos atrás, foi em algum lugar na Polônia, em Oswiecim, pra ser mais exato. Eu estava acompanhado dos encanadores, Max e Kevin, e enquanto caminhávamos nós acabamos encontrando um campo de concentração, o conhecido Auschwitz-Birkenau, foi no período da guerra que estava acontecendo, estava frio, precisávamos de refugio, e então, fomos direto pra dentro. Nós não estávamos pensando, na hora a gente só precisava de um lugar pra passar a noite, mas quando entramos lá, tivemos um problema, e isso interrompeu a nossa noite de sono, não era algo tão grande, não pra nós naquele período de guerra, mas se for visto pelo seu ponto de vista, eu acho que você acharia incrível se nós tivéssemos achado uma grande maquina que conseguia criar buracos de minhoca.
Quando vimos ela ficamos fascinados, e ao mesmo tempo apavorados, aquilo era um segredo que nós americanos nunca havíamos descoberto, se quer pensado na existência, mas não parou por ai, achamos diversas pastas, achamos projetos, comida e muitos cadáveres ao redor da maquina, ficamos olhando pra ela durante minutos, horas, vendo como funciona e discutindo sobre ela, nós não tínhamos um líder, e como nós eramos irresponsáveis, eu tinha que tomar alguma atitude.
"Precisamos dar meia volta e ignorar a maquina"
Eu não queria que ninguém chegasse perto dela, poderia nos levar a algum outro lugar, outra dimensão, alterar a linha do tempo...nós não estávamos prontos para o que iria ocorrer, mas eu era o único que estava pensando bem na hora, então Kevin discordou.
"Você tem algum tipo de demência? precisamos sair daqui o mais rápido possível, é a unica chance da gente poder salvar a nossa bunda"
Ele não estava pensando bem, os eventos da guerra acabaram levando uma parte dele, uma pessoa muito importante, eu não poderia culpar ele, ele estava passando por uma fase.
"Dane-se os outros, dane-se a terra, eu quero viver pelo menos por mais dois minutos antes de que eles encontrem a gente"
Eu não poderia deixar isso acontecer, na hora que ele iria ativar a maquina eu tentei impedir.
"Kevin, se nós formos ativar a maquina podemos acabar repaginando o nosso universo, podemos criar furos, fendas, sabe como podemos destruir a existência num piscar de olhos? eu imploro para que não faça isso"
Durante a guerra eu estava sem meus apetrechos, e apenas poderia usar o poder das palavras, pedindo para que ele não fizesse isso. Ele parou, pensou, ignorou, e me jogou pro lado como se eu fosse um pedaço de lixo. Max estava batido, ele não poderia fazer nada, então sem pensar duas vezes, ele ativou a maquina.
Tudo que eu vi era um borrão branco, e aos poucos acabei perdendo a noção, senso, e também o movimento de braços e pernas, tudo na ordem, e eu acabei deixando de existir por um tempo, era apenas uma tela preta a minha frente, e do nada, uma luz apareceu, e ela começou a se aproximar, quando ela chegou, não poderia estar melhor.
Eu estava sentado em uma cadeira olhando pra uma moça, acredito que ela fosse minha secretária, estava conversando com ela, aos poucos fui perguntando meu nome, dia, mês, discretamente, claro. Após o termino da conversa, me levantei, olhei pela janela, sem guerra, sem mortos na rua, eu estava na Terra, feliz. Eu comecei a chorar, eu não podia acreditar no que estava na minha frente, era lindo, mas não era só isso, eu estava no exato mesmo ano, dois mil e dezoito, e a partir dali, eu comecei a viver a minha vida normalmente. Eu tinha filhos, esposa, e eu estava de volta no mundo para combater o crime.
Era tudo perfeito.
Apesar disso tudo, eu ainda cometi um erro, uma coisa que eu não havia percebido até então, daquele momento em diante, mesmo pensando nisso eu segui em frente, mas me arrependo até hoje, eu fiz um universo alternativo, quando eu sai daquele lugar, pra dentro do buraco de minhoca, mesmo me perdendo dos outros, eu criei um mundo onde não se tinha heróis. Eu fiz um lugar onde não tinha chances pra se vencer uma guerra contra outros seres. Estou deixando esta mensagem para o povo da terra alternativa, com minhas desculpas, eu sou Benjamin Kirby Tennyson e eu espero que ainda estejam vivos e em bom estado, peço a ajuda de Paradoxo ou qualquer outro que possa me tirar daqui, e se vocês não conseguirem, faço eu mesmo.
Essa série vai falar sobre assuntos sérios sobre guerra, se você é gringo, não lê, énois.